Wednesday, August 16, 2006

Os anteriormente referidos CUSTOS DE OPORTUNIDADE…

Antes de mais pretendo salientar a importância deste conceito tão usual na linguagem económica (na minha formação como economista foi mesmo o primeiro noção com a qual me familiarizei). Por outro lado, quero também que fique bem claro que não represento nenhuma “ideologia Anti-Câmara de Portimão” (já aqui elogiei iniciativas como a “World Press Photo”…).

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ANEXO: Custo de Oportunidade?

Para pessoas não familiarizadas com o conceito:
“O custo de oportunidade de uma actividade é o valor da melhor alternativa que se tem de sacrificar para desenvolver essa actividade” (Frank; Bernamke, 2003, p.7).
“Uma escolha pressupõe um custo de oportunidade porque escolher uma coisa num mundo de escassez significa prescindir de outra qualquer. O custo de oportunidade é o valor do bem ou serviço de que se prescinde” (Samuelson; Nordhaus, 1996, p. 32).


Por exemplo: Se uma cidade decide construir um parque de estacionamento num terreno vazio público, o custo de oportunidade é representado pela renúncia a erguer outras construções naquele terreno com o capital investido. Rejeita-se por exemplo a possibilidade de construir um complexo desportivo, ou um hospital, ou ainda a venda do terreno para amortizar o passivo da autarquia (e consequentemente, todos custos em que se deixou de incorrer dada a redução da dívida).
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Existem na minha opinião duas prioridades neste momento para Portimão (ou seja, dois eventuais custos de oportunidade quando são gastos por exemplo 700 mil euros, em eventos como o "Big Air N’ Show"). Ambas são de importância crucial para combater a sazonalidade que afecta a nossa região, e que, na minha opinião, o golfe não é capaz de ultrapassar só per si, mas onde deverão ser contabilizados eventuais custos de endividamento nas contas de autarquia (que prevejo que actualmente já sejam significativos):


(1) O tão aguardado pólo universitário: É certo que depende em parte de verbas do PIDDAC, mas também se sabe que, a autarquia, poderia desde já começar a canalizar esforços para que se torne uma realidade, deixando de passar uma imagem esbanjadora para o resto do país.
O falecido ex-presidente da autarquia Nuno Mergulhão considerou este investimento conjunto como mais um passo para a "afirmação estratégica" da zona do barlavento algarvio. A Universidade do Algarve, salientou, o papel determinante como "pólo de irradiação cultural e de formação de quadros qualificados", aspectos considerados importantes para o desenvolvimento desta subregião do Algarve.
In Jornal Algarve Académico N.º 0 de 16/09/1999

Note-se que este seria um projecto, cuja conclusão estaria prevista para 2006 (permitam-me que sinta uma saudável nostalgia quando em conversas animadas entre jovens sonhadores na ESPAA, colegas meus previam ingressar no já então desejado Campus Universitário de Portimão…). Repare-se também nas consequências positivas que o Campus traria ao nível das qualificações dos portimonenses (com maior especialização no Turismo) e ao nível do emprego.


(2) Um complexo desportivo: Com capacidade para receber estágios a nível internacional numa diversidade considerável de modalidades. É certo que já está há muito prometido, mas até agora nada… A importância deste complexo não se resume apenas à promoção do desporto dos portimonenses (algo que só por si já poderia justificar a sua construção mas claro, de menor dimensão…). A importância de um complexo deste tipo deve-se essencialmente ao aproveitamento das excelentes condições climatéricas da região ao longo de todo o ano, que, permitiria atrair atletas e equipes de países onde as onde essas condições fossem mais adversas, e, realizar torneios e competições com as devidas estruturas e a baixo custo. Seria então uma forma de combater a sazonalidade do turismo, promover boas praticas desportivas nos nossos jovens, criar emprego e quem sabe... um espaço verde considerável que tanta falta faz à nossa cidade. Para tal não ponho de parte a parceria com algumas unidades hoteleiras na região, que só teriam a ganhar (estas chegam a funcionar a 15% da sua capacidade nos períodos off-peak).

P.S. Quando me refiro a um projecto deste tipo, não estou a considerar um projecto semelhante ao “Parque das cidades” exclusivamente dedicado ao futebol, mas que se tem demonstrado um verdadeiro “elefante branco”… Considero contudo importante que face à situação actual do clube da nossa terra, este complexo tenha capacidade para acolher os jogos do Portimonense e os treinos da suas camadas mais jovens.

Sunday, July 30, 2006

Comments:
kuto) said...

eu acho inacreditavel como uma camara municipal pode gastar 700 mil € desta forma.. como é possivel k tenham autorização do governo... de kk maneira, mesmo k kisessem gastar este € nao seria mais vantajoso fazer promocoes em k se devolvia uma parte da viagem para kem ficasse mais de X tempo em Portimão?!? ao menos pagavam hotel e comida.. era € k ficava na terra.. eu nao sou de portimão e achei escandaloso kando vi isto na televisao.. neve na praia por quase 1 milh~ºao de euros..

7/30/2006 11:41 PM
 
Pois é!Tou a ver que os 4 anos de faculdade se aplicam aos nossos tempos de ócio.Tou a ver que o custo de oportunidade do teu tempo (tal como o custo de oportunidade do meu tempo)está num valor muito baixo!Como se costuma dizer está ao preço da chuva, ou melhor como é VERÃO está ao preço do calor.Aproveita as férias que para Setembro acabam!
8/01/2006 8:48 PM
 
João Guerreiro, novo reitor da UALG: «a instalação do campus de Portimão, com o perfil que tinha sido pensado há anos atrás, «está neste momento prejudicado». Nesta altura estamos a estudar outras soluções que resultam de parcerias com entidades privadas, outros domínios de ensino, outros públicos-alvo que identificámos e aos quais pretendemos oferecer linhas de ensino, por exemplo, a formação ao longo da vida, aos profissionais activos que querem regressar à Universidade, aos alunos que terminado o 12º ano não querem ir para a universidade nem para o politécnico mas sim fazer uma especialização profissionalizante intensiva».

Agora pergunto-me... Se vale a pena gastar tanto dinheiro em eventos como a Motonautica, o Snowbord, e mais recentemente o sasha beach (sim apesar de existir enormes apoios da CMP e o Manelinho dizer que isto é o tipo de pessoas que Portimão precisa, o retorno desse investimento vai quase todo para a mão de um privado), não era ideial canalizar estas verbas para fazer o possivel (e impossivel) para trazer a o campus Universitário para a nossa cidade???
8/13/2006 3:35 PM
 
João Guerreiro, novo reitor da UALG: «a instalação do campus de Portimão, com o perfil que tinha sido pensado há anos atrás, «está neste momento prejudicado». Nesta altura estamos a estudar outras soluções que resultam de parcerias com entidades privadas, outros domínios de ensino, outros públicos-alvo que identificámos e aos quais pretendemos oferecer linhas de ensino, por exemplo, a formação ao longo da vida, aos profissionais activos que querem regressar à Universidade, aos alunos que terminado o 12º ano não querem ir para a universidade nem para o politécnico mas sim fazer uma especialização profissionalizante intensiva».

Agora pergunto-me... Se vale a pena gastar tanto dinheiro em eventos como a Motonautica, o Snowbord, e mais recentemente o sasha beach (sim apesar de existir enormes apoios da CMP e o Manelinho dizer que isto é o tipo de pessoas que Portimão precisa, o retorno desse investimento vai quase todo para a mão de um privado), não era ideial canalizar estas verbas para fazer o possivel (e impossivel) para trazer a o campus Universitário para a nossa cidade???
8/13/2006 3:35 PM
 
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