Saturday, September 02, 2006
Ontem morreu “O Independente”!
Confesso que foi com algum desgosto que recebi a confirmação do fecho do jornal “O Independente”, após falhadas as duas tentativas para encontrar um novo investidor.
O Jornal, que foi lançado em 1988 sob a direcção de Miguel Esteves Cardoso, com Paulo Portas como director adjunto e Manuel Falcão no cargo de subdirector, viveu nos últimos anos uma situação financeira complicada.
Há quem aponte como causa para a queda das vendas a saída de Paulo Portas da direcção. Outros preferem atribuir as culpas das recentes dificuldades financeiras (que culminaram com o fecho do jornal) à saída Paes do Amaral. Para mim todas estas situações do foro interno podem ter complicado a vida ao Independente, contribuindo para a queda das receitas de publicidade e das vendas. No entanto, e não fosse a crise inquestionável que o jornalismo escrito atravessa (a Internet, os jornais gratuitos, menos pessoas a ler jornais), o Independente poderia ter sobrevivido...
O Jornal, que foi lançado em 1988 sob a direcção de Miguel Esteves Cardoso, com Paulo Portas como director adjunto e Manuel Falcão no cargo de subdirector, viveu nos últimos anos uma situação financeira complicada.
Há quem aponte como causa para a queda das vendas a saída de Paulo Portas da direcção. Outros preferem atribuir as culpas das recentes dificuldades financeiras (que culminaram com o fecho do jornal) à saída Paes do Amaral. Para mim todas estas situações do foro interno podem ter complicado a vida ao Independente, contribuindo para a queda das receitas de publicidade e das vendas. No entanto, e não fosse a crise inquestionável que o jornalismo escrito atravessa (a Internet, os jornais gratuitos, menos pessoas a ler jornais), o Independente poderia ter sobrevivido...
Comments:
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Isto é tudo política meu amigo farpas...
Recomendo que dê uma vista de olhos no DE, Pedro Adão e Silva escreve:
O Independente” acabou na passada sexta-feira. A propósito escreveram-se muitos lamentos, no essencial sublinhando que, tendo em conta que o jornal fundado por Miguel Esteves Cardoso e Paulo Portas tinha produzido uma ruptura com o Portugal cinzento e amorfo do final dos anos oitenta, o seu fim representava um regresso a esse mesmo País. Com a diferença de que onde antes estava Cavaco está agora Sócrates. Do mesmo modo, o encerramento de ”O Independente” faria diminuir as opções disponíveis na imprensa portuguesa, recuando o País a uma situação de hegemonia da comunicação social supostamente baseada numa neutralidade ideológica. Acontece que ”O Independente” não acabou, o que acabou foi apenas uma versão pífia do jornal que se arrastava pelas bancas há uma série de anos.
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Recomendo que dê uma vista de olhos no DE, Pedro Adão e Silva escreve:
O Independente” acabou na passada sexta-feira. A propósito escreveram-se muitos lamentos, no essencial sublinhando que, tendo em conta que o jornal fundado por Miguel Esteves Cardoso e Paulo Portas tinha produzido uma ruptura com o Portugal cinzento e amorfo do final dos anos oitenta, o seu fim representava um regresso a esse mesmo País. Com a diferença de que onde antes estava Cavaco está agora Sócrates. Do mesmo modo, o encerramento de ”O Independente” faria diminuir as opções disponíveis na imprensa portuguesa, recuando o País a uma situação de hegemonia da comunicação social supostamente baseada numa neutralidade ideológica. Acontece que ”O Independente” não acabou, o que acabou foi apenas uma versão pífia do jornal que se arrastava pelas bancas há uma série de anos.
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