Saturday, November 11, 2006

A incomodidade (e imperfeição) dos rankings...

Aconselho vivamente a leitura do artigo de opinião do Professor Pedro Pita Barros “a incomodidade dos rankings”, publicado no Diário Económico de ontem. Neste artigo o professor chama a atenção para a divulgação de rankings de Escolas Secundárias com base nos resultados de exames nacionais do 12º ano.


Tal como o Professor refere estes rankings não são perfeitos: “uma escola para onde confluam alunos com melhores condições, familiares e sociais terá à partida melhor posição no ranking”. Não querendo repetir o artigo, irei analisar a imperfeição destes rankings por outro prisma.

Consideremos duas escolas dentro da mesma área de influência geográfica. Uma delas tem vindo a apresentar resultados ligeiramente superiores à sua “rival”. Á partida, os melhores alunos (que, com uma forte probabilidade, são também aqueles que mais se preocupam com o seu desempenho) optam pela Escola Secundária com os melhores resultados.


Três anos mais tarde, a decisão destes alunos terá um impacto directo no ranking, o que, por sua vez, atrairá novamente os melhores alunos (funciona como a famosa "pescadinha de rabo na boca”). Nessa altura estaremos perante uma dúvida pertinente: Será que a posição de destaque dessa escola decorre da qualidade do seu corpo docente, ou do tipo de alunos que atrai? É uma pergunta que dificilmente terá uma resposta fácil.


Contudo, se de facto estes rankings contribuírem para uma aumento da concorrência entre escolas (através de um melhoramento das infra-estruturas, mais e melhores actividades extra curriculares, um controlo mais eficaz do orçamento que é atribuído a cada escola, etc.), então só teremos a ganhar com a sua publicação.

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